terça-feira, outubro 23, 2007

DIA - Dia Internacional da Animacao 2007 - Belo Horizonte

28 de Outubro - Dia Internacional da Animação
Mostra Nacional e Internacional de Curtas-metragens
 
O DIA, um evento que acontece no mundo inteiro, para promover a
animação e divulgar esse trabalho de arte em movimento. O DIA foi
criado pelo português, Abi Feijó, quando o mesmo foi presidente da
ASIFA ( Associação Internacional de animadores). A comemoração
acontecerá no dia 28 de outubro de cada ano, em diversas cidades do
mundo, inclusive no Brasil. Em Minas Gerais, quatro cidades irão
participar, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberlândia e Betim.

Belo Horizonte promove o evento em dois dias, dia 28 e 29 de outubro,
com a exibicao da Mostra Nacional, Internacional e Mineira de animação.
na sala Humberto Mauro, no Palácio das Artes. A mostra mineira tem o
apoio da Mostra Curta-circuito, um projeto que divulga a produção local
e acontece toda segunda-feira as 19h no Palácio das Artes. Contamos com
o apoio do Palácio das Artes, CRAV (Centro de referncia audio visual) e
da Associação Curta-Minas.
 
Dia 28 de Outubro
18h Mostra Internacional e Nacional

Dia 29 de Outubro
19h - Mostra Mineira

Sala Humberto Mauro
Palácio das Artes,
Av. Afonso Pena, 1537 - Belo Horizonte – MG
 
FILMES:

MOSTRA INTERNACIONAL
FILMES HÚNGAROS

Hogyan repüljünk (Como Voar) - Dir. Tibor Nádas
Tündérkék - Dir. Katalin Riedl
Szupermarket (Supermercado) - Dir. Csilla Temesvári
Siker (Sucesso) - Dir. Zoltán Lehotay
AU! - Dir. Magdolna Hegyi
Életvonal (História da Vida) - Dir.Tomek Ducki

FILMES FRANCESES

Le Moulin - Dir. Florian Thouret
Building - Dir. Marco Nguyen, Pierre Périfel, Xavier Ramonede, Olivier
Staphylas et Rémi Zaarour
Madame - Dir. Eléa Gobbe-Mevellec
Open Book - Dir. Iris Bonavitacola,Virginie Hanrigou, Raphaël Lev,
Carole Maurel,Augustin Paliard
Trees' Migration - Dir. Joanna Lurie, Cécile Bonnet
Walking - Dir. Alexandre Bayle
Virus - Dir. Baptiste Buonomo
Le Papillon - Dir. Zihi Zhang

MOSTRA BRASILEIRA

Juro Que Vi : Matinta Pereira - Dir. Humberto Avelar - ABCA
O Sapo e a Mosca - Dir. Thomas Larson - ABCA
Leonel Pé-de-Vento - Dir. Jair Giacomini - ABCA
Cidades Fantasma - Dir. Lisandro Santos - ABCA
Mobsquad - Dir. Fons Schiedon e Birdo Studio
Disputa Entre o Diabo e o Padre pela Posse do Cênte-Fór na Festa do
Santo Mendigo - Dir. Francisco Tadeu e Eduardo Duval
Passo - Dir. Alê Abreu - ABCA
Vida Maria - Dir. Márcio Ramos
Lúmen - Dir. Wilian Salvador

MOSTRA MINEIRA

Viagem à Lua - Direção: Cacinho
Vida, Viva, Sobreviva! - Direção: Cassiel Weitzel de Araújo
Bem Vindo à Máquina - Direção: Breno Bitarello
Bandalheira - Direção: Sérgio Vilaça
Sinfonia - Direção: Simon Brethé
Nós de Gravata - Direção: Mateus Di Mambro
A Língua do Nhém - Direção: Marcelo Branco
Mercúrio - Direção: Sávio Leite
Somos Passageiros... - Direção: Jefferson AV
O Andar Superior - Direção: Leo Ribeiro
Homem Espuma - Direção: Fernando Mendes
O Perdão Muda o Mundo? - Direção: Alexandre Costa
Cuco - Direção: Samira Daher
Bons Sonhos - Direção: Cibelle Signorini e Fernando Pinheiro
Pipo Pipa - Direção: Sheila Neumayr e Marconi Loures
Start Motion - Direção: Nicole Leão
Moradores do 304 - Direção: Leonardo Catapreta

__________________________

Informações:

Adriane Puresa
Coordenadora Belo Horizontel do D.I.A. - Dia Internacional da Animação
(31) 32230029
Email: adrianepuresa@gmail.com
 
__________________________________________________

Luciana Druzina
Diretora de Eventos ABCA - Associação Brasileira de Cinema de Animação
Coordenadora Nacional do D.I.A. - Dia Internacional da Animação
051 84119771
super8prod@yahoo.com.br
lusuper8@yahoo.com.br
www.granimado.com.br

www.abca.org.br
http://www.abca.org.br/dia/

terça-feira, outubro 16, 2007

Concurso Mickey Feio



Pra quem quiser exercitar a criatividade e participar, é pra se divertir, não tem prêmio,
vejam os que estão participando no blog:

http://mickeyfeio.wordpress.com/

Festival 5 Minutos em Salvador

Festival 5 Minutos
Salvador-BA
inscrições até 24/out


As inscrições estão abertas para realizadores de todo o país até 24 de
outubro. Podem ser inscritos vídeos captados em qualquer formato e com
duração de até cinco minutos.

Além dos R$30 mil em prêmios que constam no edital, os participantes do
XI Festival Nacional de Vídeo - Imagem em 5 minutos concorrerão a
prêmios e divulgação do Centro Técnico Audiovisual (CTAv-MinC), do Fiz
TV / TVA, portal e canal de televisão da Abril, e do Porta Curtas
Petrobras.

O festival premiará o primeiro colocado com R$ 10.000. O vencedor terá
também o seu vídeo convertido para 35mm pelo CTAV, o que permitirá sua
participação em festivais desta bitola. Os cinco vencedores ganharão
também um programa especial na TVA e entrarão na programação
transmitida para São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. Os
cinqüenta selecionados estarão disputando também o prêmio de aquisição
Porta Curtas Petrobrás. O vencedor receberá R$ 550,00 e passará a
integrar o acervo do portal.

Criado em 1994, inicialmente para realizadores baianos, o festival
volta a desempenhar seu papel no estimulo e na difusão da produção
independente. A mostra competitiva acontecerá de 10 a 15 de dezembro.

Cerca de 800 vídeos já foram selecionados e premiados nas 10 edições
realizadas, que contemplaram artistas de diversos estados do país em
variados estilos.

O festival é organizado pela Diretoria de Artes Visuais e Multimeios –
Dimas, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, órgão da Secretaria de
Cultura do Estado.
Edital e informações, disponível nos sites:
http://www.dimas.ba.gov.br
htttp://www.funceb.ba.gov.br

domingo, setembro 30, 2007

O saque na Amazônia brasileira

O pesadelo do qual não conseguimos despertar
 
Adriano Benayon, um dos crâneos do Instituto do Sol e um dos economistas mais bem informados do país, me envia informe atual e competente, desses que só ele é capaz de elaborar, sobre a situação da Amazônia brasileira. É de chorar! Já fazem mais de 40 anos que não podemos ter uma só boa notícia no Brasil. Quando jovem não topei pegar em armas e sempre achei que fiz bem. Agora, começo a ter dúvidas.
 
 
Socialismo Quântico
 
A Física Quântica começa a tocar os limites de conhecimentos que se situam entre a matéria e o espírito. O que os físicos chamam "ondas", os ocultistas chamam "vibrações". Onda (vibração) e matéria são para os físicos (e ocultistas) elementais probabilísticos. Ninguém nunca viu a matéria ("partícula") e muito menos a "onda". Se nos aproximarmos daquilo que pensamos ser a "partícula", através de um hiper-microscópio, vamos constatar que não existe matéria – não tem nada lá! Ninguém nunca viu um átomo. O que chamamos "átomo" é um modelo gráfico-matemático. Quanto às "ondas", podemos ter alguma idéia superficial a respeito quando jogamos uma pedra num lago. Mas, daí ao funcionamento do telefone celular vai enorme distância, o leitor pode imaginar. Assim, "onda" e "partícula" permanecem verdades ainda probabilísticas para físicos, e transcendentais para ocultistas.
 
A revista científica Nature publicou artigo onde se noticia exaustiva pesquisa arqueológica que demonstrou, não entendi porque artes da tecnologia, que, há cerca de alguns milênios, os macacos do Caribe e os das ilhas do Pacífico começaram a descascar as bananas, exatamente no mesmo mês e ano. Antes comiam com casca e tudo! Qual macaco resolveu descascar pioneiramente a banana, não sabem se no Taiti ou em Aruba, o fato é que um deles descascou, gostou, e os macacos todos do mundo começaram a descascar as bananas antes de comê-las – até hoje!
 
Na internet, li que oceanógrafos bem patrocinados passaram anos registrando cardumes de peixes nos oceanos do mundo e não conseguiram dar com um modelo teórico que explicasse como se orientam os cardumes. Qual dos peixes - ou que diabos será? - que os guia e orienta por entre os corais e recifes com tanta segurança e precisão? Um movimento errático ou distoante, mínimo que seja, por parte de qualquer deles, mesmo o último de uma formação quilométrica, pode determinar mudança radical no comportamento e na orientação do cardume todo, seja um cardume de tubarões ou de piabinhas.
 
Os físicos começam a crer que a Física Quântica os conduzirá à explicação científica de tais fenômenos, isto é, de como a evolução ou a revolução de determinado elemento integrado a um sistema, por menor e mais insignificante seja, pode ser capaz de, sem conexões até agora explicáveis com os demais entes sistêmicos, provocar mudanças radicais e quase imediatas no sistema todo, não importando a dimensão que tenha.
 
Não são poucos os físicos quânticos que estão de olho na Revolução Bolivariana da Venezuela, um fenômeno de consciência das massas que se expande de forma muito rápida e surpreendentemente semelhante nos cinco
continentes, apesar do bloqueio maciço dos meios de informação e comunicação a elas (as massas) acessíveis.
 
Não pense, leitor, que este gazeteiro esteja fazendo metáfora, artifício ou imagem de discurso. É só o que já está acontecendo. 
 
 
Ode a Mister George W. Bush
 
Obrigado, Mister George W. Bush, por ser tão burro e incompetente. Sabemos que o senhor é só a máscara de cera dos que realmente mandam, mas, mesmo sendo assim, é o senhor a imagem e a semelhança dos que mandam, e a ninguém nos importa eles. Importa o senhor, Mister George W. Bush, o cowboy do Texas, e creio que um dia o mundo o agradecerá. Se não fosse o senhor a história seria muito mais lenta, esperaríamos mais um ou dois séculos para obtermos as conquistas que todos um dia haveríamos de conquistar, se é que o planeta sobrevivesse até lá. Mas, graças ao senhor, Mister George W. Bush, avançamos muito mais rápido!
Um piloto um pouco mais hábil que o senhor teria levado a máquina de destruição e genocídios, em que se transformou os Estados Unidos da América, muito mais longe. Mas ainda bem que o senhor a atolou no primeiro lamaçal em que a meteu. Nossos irmãos iraquianos e afegãos pagam caro, é certo. Mas o dano seria muito maior se não fosse o senhor. Euclides da Cunha disse que não há história da mediocridade porque não há o medíocre que possa escrevê-la. Considero o senhor uma exceção à essa regra. O mundo haverá de reconhecê-lo, Mister George W. Bush, e nossos sábios o colocarão no subsolo do panteão dos grandes revolucionários da história – por sua estupidez, por seu amadorismo e por sua contundente mediocridade. Obrigado, Mister George W. Bush, muito obrigado!
 
 
Lula aprendendo a contar

 
"Nunca na história desse (sic) país" – disse Lula – "um presidente investiu tanto em educação" (Estadão de ontem). Segundo Lula, até 2010 (sempre projetos para o futuro) "serão inauguradas 10 universidades federais e as escolas técnicas profissionalizantes passarão de 140 (antes de 2003) para 214".
 
Pois bem!
 
Na Venezuela, Hugo Chávez acaba de inaugurar 14 novas universidades e, até 2010, inaugurará 29. Outras 29 universidades politécnicas estarão neste plano de um total de 58 novas grandes universidades até 2010.
Elas vão se somando às mais de 20 universidades bolivarianas já inauguradas por Chavez, que acabou com o exame vestibular e estabeleceu a integração do ensino superior com o planejamento federal de modo que,
desde que um aluno ingressa no primeiro ano da universidade, o estado terá planejado a colocação dele para quando se formar. Isto é mais que lógico, pois evita que o estado gaste uma fábula formando profissionais de nível superior que acabam vendendo cachorro-quente nas ruas. Além disso, as universidades de lá vinculam-se às chamadas "aldeias universitárias", que já somam 1.435 em todo o país, e atuam como campus avançado das grandes universidades nas cidades do interior, evitando que os cérebros oriundos das pequenas cidades se evadam delas para estudar nas capitais.
 
Quanto a escolas profissionalizantes ("Escolas Técnicas Robinsonianas"), o governo Chávez já inaugurou mais de 300 e até 2010 inaugurará mais outras 300. E é cada escola de tirar o chapéu! Para elas também há a integração com o planejamento do estado em todos os níveis, municipal, estadual e federal.
 
Lula não fala de ensino básico, mas sabemos que nada fez a respeito. Na Venezuela já se somam mais de 25.000 escolas básicas, um terço delas construídas no governo Chávez e outro terço por ele reformadas e reformuladas para compor os dois terços das que são "bolivarianas", isto é, escolas públicas e gratuitas, em tempo integral, que vão do berçário (simoncito, que inclui o pré-natal) ao último ano do ensino secundário. Em 2012 todas as escolas básicas da Venezuela, públicas e privadas, que deverão ser em torno de 50.000, terão de ser "bolivarianas".
 
Hoje, na Venezuela, a população estudantil é de 62% da população do país e, até 2010, será de 80%, pau a pau com os países mais desenvolvidos em educação do planeta. Em 1999, antes de Chávez, era de 24%. No Brasil, a população estudantil não chega a 30%, pouco mais que os índices da década de 1960 (27%).
 
No Brasil, o IBGE reconhece quase 30% de analfabetismo (pessoas que nunca estudaram + pessoas adultas que estudaram menos de 4 anos). Em 2004, a Venezuela foi reconhecida pela UNESCO como "país livre de analfabetismo", isto é, apresenta um índice menor que 4% de analfabetos em relação ao total da população do país.
 
A Venezuela tem cerca de 27 milhões de habitantes e é mais ou menos do tamanho do Pará.
 
Sempre há quem venha com a história de que tudo é por causa do petróleo, etc e tal. A estes eu respondo que o petróleo é explorado lá desde 1903, e, até Chávez, a Venezuela só deu petróleo de presente aos EUA e ao mundo deu Miss Universo.
 
 
 
fonte: Mario Drumond (artigo de Adriano Benayon)

quarta-feira, setembro 26, 2007

Maggie Q. pousa com biquini de alface





A atriz americana Maggie Q., que participou do filme 'Dura de Matar 4.0', posa coberta por pimentas e um biquíni de alface para campanha do Peta (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais, pela sigla em inglês) em Hong Kong. Ela apareceu com um biquíni de alfaces em uma campanha contra o tratamento antiético e a favor do vegetarianismo.

Foto: Mike Clark/AFP

That's all folks!

quinta-feira, agosto 09, 2007

TAM, vôo 3054, mistério das caixas pretas

SOBRE AS CAIXAS PRETAS – COINCIDÊNCIAS*

Jornalistas e suas curiosidades... Faz parte do trabalho jornalístico inferir quais poderiam ser as curiosidades das pessoas que desejam informações sobre determinado acontecimento, sobre esta ou aquela personalidade, etc. Faz parte de seu trabalho, também, coordenar informações, buscar conexões entre os fatos e, é claro, correr atrás das informações. Foi fazendo exercícios deste tipo que alguns profissionais notaram pelo menos uma coincidência durante a recuperação dos destroços deixados pelos dois últimos maiores acidentes aéreos da história da aviação brasileira. Como todo mundo sabe, as caixas-prestas dos aviões são dispositivos de cor laranja e/ou azul formados por dois tipos de gravador: um deles grava dados técnicos e de procedimentos, como velocidades, horas de vôo, pousos, decolagens, etc; e o outro gravador armazena os diálogos que ocorrem dentro da cabine dos pilotos - entre eles e os co-pilotos, entre eles e as torres de controle de tráfego, entre eles e pilotos de outras aeronaves e ainda sobre o que é captado pelo rádio das cabines de comando, etc. Quando houve a queda do Boeing 737-800 da Gol, em setembro do ano passado, todos se lembram do contratempo com o gravador de voz da caixa-preta daquela aeronave. Primeiro, a Aeronáutica divulgou que o componente estava intacto e que o material (no caso, os dois gravadores) seria enviado para análise no exterior. Um ou dois dias depois, divulgaram outra informação: a de que o cilindro de voz não teria sido encontrado. Recomeçaram as buscas e a peça foi encontrada enterrada em local não especificado (em termos relativos à posição da cabine, da calda, e do próprio outro gravador de dados técnicos da caixa preta) em meio aos destroços. Depois de encontrado, o cilindro foi enviado para análise e os resultados obtidos até hoje parecem não ter ajudado muito nas investigações sobre o acidente. Não há nada de revelador. Parece até que os pilotos não notaram que aeronave tivesse diminuído gradativamente de velocidade (450 - 290 - 220 e queda). Muito estranho mesmo. Gritos e algum desespero, só nos últimos segundos. Nesta última grande tragédia da aviação brasileira, quando o Airbus A-320 da TAM, vôo 3054 saiu da pista de Congonhas e chocou-se com um prédio da própria companhia, por uma enorme coincidência, também houve contratempos em relação ao cilindro de de voz da caixa preta . Primeiro, foi divulgada a informação de que tanto o gravador de dados técnicos quanto o gravador de voz teriam sido achados em boas condições e que ambos haviam sido enviados para o Nacional Transportation Safety Board (NTSB), em Washington (EUA). No dia seguinte, nova informação: material diferente teria sido enviado para os EUA, no lugar do gravador de voz. Justificativa: (ACREDITE QUEM PUDER) experientes profissionais haviam confundido o cilindro de voz da caixa preta com outro dispositivo e enviado para a NTSB por engano. Volta-se aos escombros do acidente e encontra-se o que seria o gravador de voz - dessa vez o correto. O material seguiu para os EUA. Não é uma coincidência incrível?! Os dois cilindros de voz das caixas-pretas das duas aeronaves acidentadas nos dois maiores e mais recentes grandes acidentes aéreos do país foram encontrados, desencontrados e, depois, encontrados novamente. Então, eu corri atrás de informações para saber se seria possível alterar o conteúdo dos gravadores de voz das caixas-pretas de aviões antes que pudessem passar por análise dos laboratórios especializados. Vejam a resposta que obtive (com a devida omissão da fonte): "Como em qualquer gravador, podem ser apagados trechos comprometedores. Além deste inconveniente, é de uso, ainda que irresponsável, por alguns tripulantes, especialmente quando querem conversar algo contra a empresa, desligar o CB (Circuit Breaker = fusível) do Cockpit Voice Recorder (CVC) que está localizado no painel de CBs, atrás dos assentos dos pilotos". A fonte observa ainda: "Creio que este CB foi puxado no caso do Boeing GOL 1907, pelo menos em parte do vôo" (OU FIZERAM COM QUE TENHA PARECIDO QUE TIVESSE SIDO PUXADO). E continua: "Aqui mesmo no Brasil existe software que pode fazer esse tipo de leitura. Acredito que os americanos da NTSB, jamais aceitassem fazer o trabalho em gravadores violados. Contudo as equipes que levam os gravadores podem alegar já ter encontrado os gravadores no estado que eles se encontravam". Assim vem sendo e assim será...


*repassando como chegou (anônimo)
                                           . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .



 
AGORA, SIM, VAMOS AO BRILHANTE FURO DO CORAJOSO JORNALISTA JORGE SERRÃO:
 
Farsa oficial: Caixa preta passou pelo Palácio do Planalto, antes de ser enviada aos EUA e vazar na imprensa

Sexta-feira, Agosto 03, 2007
Segunda Edição de Sexta-feira do Alerta Total
http://alertatotal.blogspot.com/


Jorge Serrão

Exclusivo - Os dados da caixa-preta e do Gravador de Dados de Vôo (FDR, na sigla em inglês) do trágico Airbus A-320 da TAM passaram pelo Palácio do Planalto, antes de serem remetidos para exame nos Estados Unidos. A informação foi passada ao Alerta Total por um brigadeiro da FAB, que não pode ser identificado por questões óbvias. A ordem foi do próprio presidente. Lula da Silva queria ter a certeza absoluta de que no acidente, onde morreram 199 pessoas, não houve responsabilidades diretas do seu governo. A passagem da caixa preta pelo Planalto, antes de ser mandada para perícia na Nacional Transportation Safety Board, revela que não foi "uma trapalhada da FAB" o envio equivocado, à NTSB norte-americana, de um gravador comum, achado pelas equipes de resgate nos destroços do avião, no prédio destruído da TAM Express. Na verdade, o "erro" serviu para que o Planalto tivesse mais um dia para analisar a caixa-preta, antes de enviar o material correto ao órgão de segurança de tráfego aéreo, em Washington. O Alto Comando da Aeronáutica quase entrou em rebelião interna por causa dessa manobra do presidente Lula, com a qual o comandante da FAB, brigadeiro Juniti Saito, foi conivente. Por isso, o presidente Lula chegou a cogitar de nomeá-lo Ministro da Defesa, pela "confiança e segurança" que ele passou no episódio. O "erro" induzido também gerou uma crise interna no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão que investiga a tragédia, e que acabou chamado de "trapalhão". O brigadeiro que vazou a informação ao Alerta Total se diz "enojado" com a atitude do governo. No episódio de decifração e divulgação do teor da caixa-preta e do gravador de dados de vôo, o Ministro de Comunicação Institucional, Franklin Martins, teve um papel estratégico. Foi dele o plano maquiavélico para que os dados da caixa-preta vazassem na imprensa, como se fosse um "furo de reportagem". O Palácio do Planalto escolheu dois jornalistas para que os dados viessem a público, isentando o governo. Os vazamentos ocorreram para a revista Veja e para a Folha de S. Paulo. A tática foi tão bem planejada, que a direção de ambas as publicações não deveriam saber do fato – que deveria ser encarado como um mero e grande furo jornalístico. No final de semana, as emissoras de tevê foram na mesma balada, graças aos editores-chefes simpatizantes do governo petista. De todo este episódio, ficam duas constatações. Primeiro, que a grande imprensa no Brasil precisa tomar muito cuidado com os interesses por trás das reportagens exclusivas que divulga. Segundo, o presidente Lula, pelo menos nesta denúncia do brigadeiro da FAB (que o governo fará tudo para negar), o presidente Lula sabia de alguma coisa antes dos outros. O Apedeuta começa a saber das coisas que o cercam... A sociedade brasileira também precisa saber. 

sábado, março 17, 2007

golpe da TV a cabo!

OUSADIA E CRIATIVIDADE.

A criatividade dos nossos marginais chega às alturas. Agora,
principalmente em SP e RJ, estão enviando pelo correio, uma carta com
papel timbrado da NET, TVA, SKY, Directv ou outro qualquer canal de TV
por assinatura. Na carta, que por sinal é muito bem elaborada, dizem
que estão modernizando a sua tecnologia e que será necessária a
substituição de equipamento dentro da casa do assinante. Eles colocam
um número de um telefone (de um compararsa) para o agendamento. Se a
pessoa não conhece o golpe e (não resolve) telefonar para o verdadeiro
número da Operadora de TV, para confirmar se isto procede mesmo.Os
marginais praticam o assalto em sua residência com hora marcada, e com
você abrindo a porta e servindo um cafézinho. Viram aonde chegou a
ousadia dos bandidos? As próprias vítimas marcam o dia em que sua
residência vai ser assaltada! Por favor, passem aos seus amigos, tenham
eles NET, TVA, SKY, Directv ou outro qualquer canal de TV por
assinatura, para que eles passem adiante esta mensagem. E se receberem
qualquer carta, confirmem com telefone que consta na sua fatura mensal
, nunca com número de telefone de cartas comuns.

terça-feira, março 06, 2007

CLIPES

Ótimo clipe grotesco do grupo The Dandy Warhols, dirigido pelo
fotógrafo David La Chapelle. O refrão diz: "Nunca imaginei que você
fosse um junkie, porque heroína é tão passée!...".
http://www.youtube.com/watch?v=gkKEYVVjj_c&mode=related&search=
 
Tower of Sound de Leonard Cohen é o máximo, aqui com uma fala de Cohen,
arrasando a bandeira do pacifismo na Noruega.
http://www.youtube.com/watch?v=7cw6_692bQU&mode=related&search=
 
Um jovem Leonard Cohen cantando Hallelujah com um coral alemão.
http://www.youtube.com/watch?v=rf36v0epfmI&mode=related&search=
 
Um dos meus favoritos dos anos 1980: Liza Minelli cantando Loosing My
Mind.
http://www.youtube.com/watch?v=pkdKhPHYbiU
 
E claro, Libertango com Grace Jones...
http://www.youtube.com/watch?v=S-PbttjxrIU&mode=related&search=
 
E, recuando mais no tempo, Elvis cantando I can't help falling in love
with you.
http://www.youtube.com/watch?v=wsimsjE89eY
 
Bizarro: o clipe original de Space Oddity com David Bowie.
http://www.youtube.com/watch?v=D67kmFzSh_o&mode=related&search=
 
Luiz Nazario
 

segunda-feira, março 05, 2007

Por trás do filme Borat

BORAT NÃO RENOVA NADA, SÓ JOGA MAIS LAMA NA LAMA. É SIMPLESMENTE UM COMEDIANTE JUDEU VULGAR E SEM CULTURA, ATORMENTADO PELO ANTI-SEMITISMO, MAS TÃO EGOCÊNTRICO, VAIDOSO E NARCISISTA QUE SUA PERSONALIDADE FALASTRONA ENCONTROU UMA SAÍDA NA EXPLORAÇÃO DA HOMOFOBIA E DO ANTI-SEMITISMO NUM MUNDO HOMOFÓBICO E ANTI-SEMITA PARA PODER SER, COMO DESEJAVA, RICO, FAMOSO E QUERIDO POR TODOS, GAYS OU HETEROS, FILOSEMITAS OU ANTI-SEMITAS... MAS NÃO PARA CIMA DE MOI...
Luiz Nazario

sexta-feira, março 02, 2007

Mostra de filmes neo-realismo raros

OLHARES NEO-REALISTAS

O neo-realismo é um dos mais importantes movimentos da história do cinema, surgido na Itália, no final da segunda grande guerra, influenciou outros gêneros e cinematografias como a nouvelle vague francesa, o free cinema inglês e o cinema novo brasileiro. Preocupado em mostrar a realidade do povo, aboliu o uso de estúdios e passou a usar locações e muitas vezes atores não profissionais, contrapondo-se aos filmes escapistas realizados durante o regime fascista.

A retrospectiva, com algumas obras seminais do movimento, é parte da mostra apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília e São Paulo, constituindo uma ótima oportunidade ao público carioca para ver ou rever filmes filiados ao neo-realismo.

A Mostra "Olhares neo-realistas" , na Cinemateca do MAM (Rio de Janeiro), com a exibição de Alameda da Saudade, 113 (1951, direção de Carlos Ortiz), no Cineclube Tela Brasilis. Esta é a última exibição desta cópia, que foi feita para o lançamento do filme, na década de 1950. Diversos filmes da mostra também são raríssimos e vêm de cinematecas italianas, sendo essas suas últimas exibições no Brasil (com legendagem eletrônica em português). Destaque especial para O Posto e O Sol ainda se levantará, recém-restaurados. A programação completa da mostra e o texto da sessão do Tela Brasilis segue abaixo.


qui 01

18h30 – Tela Brasilis –

Alameda da Saudade 113, de Carlos Ortiz, 1951.
O Tela Brasilis faz a sua contribuição à mostra Olhares neo-realistas apresentando um raríssimo filme do que ficou conhecido como o cinema independente dos anos 50, realizando na mesma época das grandes produções da Vera Cruz e antecedente vital do Cinema Novo. O filme trata-se de uma história de amor entre os dois protagonistas, Inês e Raul, que não respeita as fronteiras entre a vida e a morte.



sex 02

18h30 – Olhares neo-realistas –

Ladrões de bicicleta (Ladri di Biciclette) de Vittorio De Sica. Itália, 1948.
Com Enzo Stajola, Lamberto Maggiorani, Lianella Carell. 92'. Cópia em DVD.
Obra-prima do neo-realismo. Desempregado tem sua bicicleta roubada no primeiro dia de trabalho. Sem ela, perderá o emprego.



sab 03

16h – Olhares neo-realistas –

O Posto (Il Posto) de Ermanno Olmi. Itália, 1961.
Com Loredana Detto, Tullio Kezich, Sandro Panseri.
Versão original . 90’.
Cópia restaurada pela Cinemateca de Bolonha. Legendas eletrônicas em português.
Jovem morador de bairro pobre de Milão sai à procura de primeiro emprego.


18h – Olhares neo-realistas –

O Sol ainda se levantará (Il sole sorge ancora) de Aldo Vergano. Itália, 1946.
Com Principal Elli Parvo, Lea Padovani, Vittorio Duse. Versão original. 90’.
Cópia restaurada pela Cinemateca de Bolonha. Legendas eletrônicas em português.
Conflitos entre italianos e alemães em um povoado no norte do país, em 1943, tratado sob o ponto de vista marxista. Primeiro filme a investigar a composição classista da Itália ocupada.



dom 04

16h – Olhares neo-realistas –

Noites de Cabíria (Le Notti di Cabiria) de Federico Fellini. Itália, 1957.
Com Giulietta Masina, François Perrier, Amedeo Nazzari.
Legendas em português. 110’.
A vida e os sonhos de Cabíria, prostituta romana que é obrigada a viver na marginalidade. Oscar de melhor filme estrangeiro.


18h – Olhares neo-realistas –

Morte de um ciclista (Muerte de un ciclista) de Juan Antonio Bardem. Espanha/Itália, 1955.
Lucía Bosé, Alberto Closas, Bruna Corrá. Versão original. 88’.
Legendas eletrônicas em português.
A conscientização de um professor universitário adúltero com o advento de uma nova geração, depois da Guerra Civil. Um dos maiores sucessos do cinema espanhol no exterior.



sex 09

18h30 – Olhares neo-realistas –

A Batalha de Argel (La Battaglia del Algeri) de Gillo Pontecorvo. Itália/Argélia, 1966.
Com Brahim Hadjadj, Jean Martin, Yacef Saadi. Legendas em português. 121’.
A luta dos argelinos pela independência. Leão de Ouro no Festival de Veneza.



sab 10

16h – Olhares neo-realistas –

Aniki Bobó de Manoel de Oliveira. Portugal, 1942.
Com Américo Botelho, Feliciano David, Manuel de Azevedo. 70’.
O título se refere a uma brincadeira de criança num bairro modesto da cidade do Porto, nesta crônica prenunciadora do neo-realismo.


18h – Olhares neo-realistas –

O Teto (Il Tetto) de Vittorio de Sica. Itália, 1956.
Com Giorgio Listuzzi, Gabriella Pallotta, Angelo Bigioni.
Legendas em português. 91’.
No pós-guerra italiano, um jovem casal decide construir uma casa num terreno baldio da prefeitura. Para não serem expulsos, terão de erguê-la numa única noite e instalar o teto antes que amanheça.



dom 11

16h – Olhares neo-realistas –

Mamma Roma (Mamma Roma) de Pier Paolo Pasolini. Itália, 1962.
Com Anna Magnani, Ettore Garofofo, Franco Citti.
Legendas em português. 106’.
Mulher de meia idade abandona a prostituição para vender frutas e cuidar de seu filho adolescente. Sonha para ele uma boa posição na vida, mas o rapaz está envolvido com a delinqüência juvenil.


18h – Olhares neo-realistas –

O Verdugo (El Verdugo) de Luis Garcia Berlanga. Espanha/Itália, 1963.
Com Nino Manfredi, Emma Penella, José Isbert.
Versão original sem legendas. 87’.
O empregado de um serviço fúnebre se envolve com a filha de um verdugo. Uma das obras-primas do cinema espanhol em geral e de Berlanga em particular.


Cineclube Tela Brasilis
Cinemateca do MAM
Av. Infante D. Henrique, 85, Praia do Flamengo - Rio de Janeiro
Entrada Franca

Mostra Olhares neo-realistas
(21) 2221-8062 / 9376-9682
mostraneorealismo@gmail.com


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Alameda da Saudade

ALAMEDA DA SAUDADE 113
por Rafael de Luna


Não foi como diretor de dois longas-metragens que Carlos Ortiz entrou para a história do cinema brasileiro. Isso se deveu, provavelmente, não por uma importância menor de seu lado cineasta, e sim pelo destaque que teve sua atuação fora dos sets de filmagem.

Ao longo dos anos 1950 Ortiz colaborou na revista Fundamentos – ligada ao Partido Comunista Brasileiro –, teve participações fundamental no I Congresso Paulista do Cinema Brasileiro e no I Congresso Nacional do Cinema Brasileiro, ambos em 1952, e escreveu livros como pioneiros manuais de cinema (como Argumento cinematográfico e sua técnica, 1949) e precursores de uma história do cinema brasileiro (Romance do gato preto, 1952). Além disso, foi professor e crítico de cinema durante muitos anos. Sua produção na imprensa já foi pesquisada por Carlos Berriel no livro Carlos Ortiz e o cinema brasileiro na década de 50 (1981), onde fica claro seu papel fundamental, por exemplo, num debate de viés econômico sobre o cinema brasileiro.

Entretanto, os dois filmes dirigidos por Carlos Ortiz – Alameda da Saudade 113 (1951) e Luzes nas sombras (1953) – jamais despertaram o mesmo interesse. Nesta segunda sessão de 2007 do cineclube Tela Brasilis, tentaremos contornar um pouco esse equívoco exibindo o primeiro filme de Carlos Ortiz como nossa colaboração para a mostra “Olhares Neo-realistas” a ser exibida na Cinemateca do MAM em março.

Pode-se talvez creditar o desinteresse por Alameda da Saudade 113 pelo fato de que o filme, diferentemente de Rio 40 graus, por exemplo, não tenha representado uma concretização tão clara – e brilhante – dos anseios daqueles que desejavam aquilo que ficou conhecido como “cinema independente dos anos 50”. Apesar de contraditórias, como já apontou Maria Rita Galvão, essas idéias vinham sendo desenvolvidas ainda durante a voga do ideal de cinema da Vera Cruz, e pregava, grosso modo, um cinema realista, de qualidade técnica e “seriedade” na abordagem (diferentemente das “grossuras mal-feitas” das chanchadas), realizado fora dos estúdios e com temática nacional. É uma questão interessante pensar como Alameda da Saudade 113 se encaixa num momento inicial de gestação desses anseios, compartilhados pelo seu próprio diretor e argumentista.

O filme se inicia num cemitério na cidade de Santos, para onde ele retornará em seu final. Um forasteiro se aproxima de um coveiro e este começa a lhe contar a trágica e conhecida história de amor de Inês (Sônia Coelho) e Rui (Rubens de Queiroz), dando início ao flashback que ocupará praticamente todo o filme. Resumidamente, Rui conhece uma bela moça num baile de carnaval e se apaixona perdidamente. O casal desfruta do arrebatador romance nos dias seguintes, mas Rui percebe que algo atormenta sua amada Inês – ela nunca permite que ele o deixe em casa e a visão de qualquer criança lhe provoca tormentos. Quando finalmente Inês concorda que ele vá em sua casa (no dia de seu aniversário), Rui encontra-se com Olga, mãe de sua namorada, que lhe diz que Inês, uma sensível poetisa, morreu dez anos antes. Inconformado, Rui se junta ao seu amor no além, diante de seu sepulcro cujo endereço é justamente o título do filme.

É uma grande curiosidade o filme enveredar por um tema metafísico – o amor além da morte – com uma seriedade incomum no cinema brasileiro (o tema tem servido principalmente a comédias, do Oscarito de Fantasma por acaso, ao Renato Aragão de Simão, o fantasma trapalhão). Trata-se de uma gênero – ou “sub-gênero” – que é geralmente associado exclusivamente ao cinema americano e que no Brasil só costuma ser tratado em tom de paródia e “defeitos especiais”. Podemos sugerir descompromissadamente que o filme de Ortiz é um parente distante de filmes de amor hollywoodianos que atravessam a barreira do tempo (Em algum lugar do passado) ou não respeitam os limites da vida e da morte (Ghost e Sexto Sentido).

Como uma espécie de melodrama espírita, Alameda da saudade 113 jamais, em momento algum, desvia de seu tom de extrema seriedade ou abre concessões para o humor, diferentemente de diversos outros exemplares mais conhecidos do chamado cinema independente, como Rio 40 graus, Agulha no palheiro ou O grande momento. Nesse sentido, devido a certa morbidez e tristeza latente, o filme de Ortiz se aproxima de um melodrama da Vera Cruz como o belo Floradas na serra, por exemplo.

Por outro lado, será que se pautando por questões universais – vida, morte, amor -, Alameda da saudade 113 se afasta dos temas genuinamente nacionais e, sobretudo, populares? Se num primeiro momento das discussões que permearam os anos 1950, a preocupação se dava menos com a forma e sobretudo com conteúdos e histórias nacionais, vale ressaltar que o filme se inspirou, como anunciam os letreiros iniciais, numa famosa história da cidade de Santos – um folclore moderno ou uma lenda urbana, pode-se dizer. Nos créditos há, inclusive, um agradecimento ao “povo santista” e ao “homem de rua”. Entretanto, dentro da diegese, onde está esse homem de rua?

Na verdade, percebe-se que os personagens e cenários principais do filme pertencem ao que há de mais belo na sociedade santista. Rui e Inês são jovens, brancos e belos (cujos perfis fotogênicos são explorados pela fotografia), que freqüentam bons restaurantes e saraus de poesia. Da cidade de Santos, se destaca a orla moderna e urbanizada (num retrato parecido com o que o cinema carioca geralmente fazia de Copacabana), enquanto numa visita à São Paulo, os personagens percorrem um belo parque. É nessa visita que se dá um momento interessante, quando Rui e Inês se vêem diante de um pregador religioso cercado por populares numa praça pública (lembrando uma cena de A falecida). A câmera se detém, demorada e repetidamente, nas faces daquelas pessoas, num misto de fascínio e interesse. Entretanto, como se nota no próprio enquadramento, o casal de protagonista está no meio da roda e aquelas pessoas não fazem mais do que compor um cenário.

Esses inserts dos populares se assemelham a outros de paisagens da praia, do mar ou de barcos, que podem ser associados a uma estética antropológica-jornalística de cinejornais. A bela e acadêmica fotografia de Alameda da Saudade 113, a cargo do ucraniano George Tamarski, se destaca pelo equilíbrio da composição fotográfica de luzes e sombras. Chama a atenção, nesse sentido, a grande quantidade de cenas externas (praia, parque, cemitério), fotografadas com notável controle da luminosidade. Não espanta o nome da produtora de cinejornais Divulgação Cinematográfica Bandeirante nos créditos do filme.

Por fim, outro elemento presente é uma reiteração através de simbolismos visuais que parecem remeter a uma tradição narrativa do cinema mudo (de permanência, por exemplo, nos filmes sonoros de Adhemar Gonzaga ou Humberto Mauro), ilustrando, por exemplo, a circularidade e a duplicidade da vida (nascimento e morte) através do reflexo na mesa e no lago, ou das figuras circulares e duplas na bóia na praia ou na pista de dança e nas mesas vazias do clube. Além disso, ao longo da narrativa surgem inúmeras "pistas" para o mistério do filme, através da constante repetição de frases que apontam para a particularidade do encontro do casal (o baile no “clube dos finados e refinados”, onde “até a morte vem dançar”) e do romance (a mensagem sorteada do realejo: “achaste seu novo amor, fiel e forte como a morte”).

Por todos os motivos, além de uma raridade do cinema brasileiro, Alameda da Saudade 113 é definitivamente um filme curioso e que em seus melhores momentos consegue alcançar a melancolia de um amor impossível.


Comunidade: www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1807860
Blog: www.telabrasilis.blogspot.com
Fotolog: www.fotolog.net/telabrasilis