Jornalistas e suas curiosidades... Faz parte do trabalho jornalístico inferir quais poderiam ser as curiosidades das pessoas que desejam informações sobre determinado acontecimento, sobre esta ou aquela personalidade, etc. Faz parte de seu trabalho, também, coordenar informações, buscar conexões entre os fatos e, é claro, correr atrás das informações. Foi fazendo exercícios deste tipo que alguns profissionais notaram pelo menos uma coincidência durante a recuperação dos destroços deixados pelos dois últimos maiores acidentes aéreos da história da aviação brasileira. Como todo mundo sabe, as caixas-prestas dos aviões são dispositivos de cor laranja e/ou azul formados por dois tipos de gravador: um deles grava dados técnicos e de procedimentos, como velocidades, horas de vôo, pousos, decolagens, etc; e o outro gravador armazena os diálogos que ocorrem dentro da cabine dos pilotos - entre eles e os co-pilotos, entre eles e as torres de controle de tráfego, entre eles e pilotos de outras aeronaves e ainda sobre o que é captado pelo rádio das cabines de comando, etc. Quando houve a queda do Boeing 737-800 da Gol, em setembro do ano passado, todos se lembram do contratempo com o gravador de voz da caixa-preta daquela aeronave. Primeiro, a Aeronáutica divulgou que o componente estava intacto e que o material (no caso, os dois gravadores) seria enviado para análise no exterior. Um ou dois dias depois, divulgaram outra informação: a de que o cilindro de voz não teria sido encontrado. Recomeçaram as buscas e a peça foi encontrada enterrada em local não especificado (em termos relativos à posição da cabine, da calda, e do próprio outro gravador de dados técnicos da caixa preta) em meio aos destroços. Depois de encontrado, o cilindro foi enviado para análise e os resultados obtidos até hoje parecem não ter ajudado muito nas investigações sobre o acidente. Não há nada de revelador. Parece até que os pilotos não notaram que aeronave tivesse diminuído gradativamente de velocidade (450 - 290 - 220 e queda). Muito estranho mesmo. Gritos e algum desespero, só nos últimos segundos. Nesta última grande tragédia da aviação brasileira, quando o Airbus A-320 da TAM, vôo 3054 saiu da pista de Congonhas e chocou-se com um prédio da própria companhia, por uma enorme coincidência, também houve contratempos em relação ao cilindro de de voz da caixa preta . Primeiro, foi divulgada a informação de que tanto o gravador de dados técnicos quanto o gravador de voz teriam sido achados em boas condições e que ambos haviam sido enviados para o Nacional Transportation Safety Board (NTSB), em Washington (EUA). No dia seguinte, nova informação: material diferente teria sido enviado para os EUA, no lugar do gravador de voz. Justificativa: (ACREDITE QUEM PUDER) experientes profissionais haviam confundido o cilindro de voz da caixa preta com outro dispositivo e enviado para a NTSB por engano. Volta-se aos escombros do acidente e encontra-se o que seria o gravador de voz - dessa vez o correto. O material seguiu para os EUA. Não é uma coincidência incrível?! Os dois cilindros de voz das caixas-pretas das duas aeronaves acidentadas nos dois maiores e mais recentes grandes acidentes aéreos do país foram encontrados, desencontrados e, depois, encontrados novamente. Então, eu corri atrás de informações para saber se seria possível alterar o conteúdo dos gravadores de voz das caixas-pretas de aviões antes que pudessem passar por análise dos laboratórios especializados. Vejam a resposta que obtive (com a devida omissão da fonte): "Como em qualquer gravador, podem ser apagados trechos comprometedores. Além deste inconveniente, é de uso, ainda que irresponsável, por alguns tripulantes, especialmente quando querem conversar algo contra a empresa, desligar o CB (Circuit Breaker = fusível) do Cockpit Voice Recorder (CVC) que está localizado no painel de CBs, atrás dos assentos dos pilotos". A fonte observa ainda: "Creio que este CB foi puxado no caso do Boeing GOL 1907, pelo menos em parte do vôo" (OU FIZERAM COM QUE TENHA PARECIDO QUE TIVESSE SIDO PUXADO). E continua: "Aqui mesmo no Brasil existe software que pode fazer esse tipo de leitura. Acredito que os americanos da NTSB, jamais aceitassem fazer o trabalho em gravadores violados. Contudo as equipes que levam os gravadores podem alegar já ter encontrado os gravadores no estado que eles se encontravam". Assim vem sendo e assim será...
*repassando como chegou (anônimo)
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*repassando como chegou (anônimo)
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AGORA, SIM, VAMOS AO BRILHANTE FURO DO CORAJOSO JORNALISTA JORGE SERRÃO:
Farsa oficial: Caixa preta passou pelo Palácio do Planalto, antes de ser enviada aos EUA e vazar na imprensa
Sexta-feira, Agosto 03, 2007
Segunda Edição de Sexta-feira do Alerta Total
http://alertatotal.blogspot.com/
Jorge Serrão
Exclusivo - Os dados da caixa-preta e do Gravador de Dados de Vôo (FDR, na sigla em inglês) do trágico Airbus A-320 da TAM passaram pelo Palácio do Planalto, antes de serem remetidos para exame nos Estados Unidos. A informação foi passada ao Alerta Total por um brigadeiro da FAB, que não pode ser identificado por questões óbvias. A ordem foi do próprio presidente. Lula da Silva queria ter a certeza absoluta de que no acidente, onde morreram 199 pessoas, não houve responsabilidades diretas do seu governo. A passagem da caixa preta pelo Planalto, antes de ser mandada para perícia na Nacional Transportation Safety Board, revela que não foi "uma trapalhada da FAB" o envio equivocado, à NTSB norte-americana, de um gravador comum, achado pelas equipes de resgate nos destroços do avião, no prédio destruído da TAM Express. Na verdade, o "erro" serviu para que o Planalto tivesse mais um dia para analisar a caixa-preta, antes de enviar o material correto ao órgão de segurança de tráfego aéreo, em Washington. O Alto Comando da Aeronáutica quase entrou em rebelião interna por causa dessa manobra do presidente Lula, com a qual o comandante da FAB, brigadeiro Juniti Saito, foi conivente. Por isso, o presidente Lula chegou a cogitar de nomeá-lo Ministro da Defesa, pela "confiança e segurança" que ele passou no episódio. O "erro" induzido também gerou uma crise interna no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão que investiga a tragédia, e que acabou chamado de "trapalhão". O brigadeiro que vazou a informação ao Alerta Total se diz "enojado" com a atitude do governo. No episódio de decifração e divulgação do teor da caixa-preta e do gravador de dados de vôo, o Ministro de Comunicação Institucional, Franklin Martins, teve um papel estratégico. Foi dele o plano maquiavélico para que os dados da caixa-preta vazassem na imprensa, como se fosse um "furo de reportagem". O Palácio do Planalto escolheu dois jornalistas para que os dados viessem a público, isentando o governo. Os vazamentos ocorreram para a revista Veja e para a Folha de S. Paulo. A tática foi tão bem planejada, que a direção de ambas as publicações não deveriam saber do fato – que deveria ser encarado como um mero e grande furo jornalístico. No final de semana, as emissoras de tevê foram na mesma balada, graças aos editores-chefes simpatizantes do governo petista. De todo este episódio, ficam duas constatações. Primeiro, que a grande imprensa no Brasil precisa tomar muito cuidado com os interesses por trás das reportagens exclusivas que divulga. Segundo, o presidente Lula, pelo menos nesta denúncia do brigadeiro da FAB (que o governo fará tudo para negar), o presidente Lula sabia de alguma coisa antes dos outros. O Apedeuta começa a saber das coisas que o cercam... A sociedade brasileira também precisa saber.
Sexta-feira, Agosto 03, 2007
Segunda Edição de Sexta-feira do Alerta Total
http://alertatotal.blogspot.com/
Jorge Serrão
Exclusivo - Os dados da caixa-preta e do Gravador de Dados de Vôo (FDR, na sigla em inglês) do trágico Airbus A-320 da TAM passaram pelo Palácio do Planalto, antes de serem remetidos para exame nos Estados Unidos. A informação foi passada ao Alerta Total por um brigadeiro da FAB, que não pode ser identificado por questões óbvias. A ordem foi do próprio presidente. Lula da Silva queria ter a certeza absoluta de que no acidente, onde morreram 199 pessoas, não houve responsabilidades diretas do seu governo. A passagem da caixa preta pelo Planalto, antes de ser mandada para perícia na Nacional Transportation Safety Board, revela que não foi "uma trapalhada da FAB" o envio equivocado, à NTSB norte-americana, de um gravador comum, achado pelas equipes de resgate nos destroços do avião, no prédio destruído da TAM Express. Na verdade, o "erro" serviu para que o Planalto tivesse mais um dia para analisar a caixa-preta, antes de enviar o material correto ao órgão de segurança de tráfego aéreo, em Washington. O Alto Comando da Aeronáutica quase entrou em rebelião interna por causa dessa manobra do presidente Lula, com a qual o comandante da FAB, brigadeiro Juniti Saito, foi conivente. Por isso, o presidente Lula chegou a cogitar de nomeá-lo Ministro da Defesa, pela "confiança e segurança" que ele passou no episódio. O "erro" induzido também gerou uma crise interna no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão que investiga a tragédia, e que acabou chamado de "trapalhão". O brigadeiro que vazou a informação ao Alerta Total se diz "enojado" com a atitude do governo. No episódio de decifração e divulgação do teor da caixa-preta e do gravador de dados de vôo, o Ministro de Comunicação Institucional, Franklin Martins, teve um papel estratégico. Foi dele o plano maquiavélico para que os dados da caixa-preta vazassem na imprensa, como se fosse um "furo de reportagem". O Palácio do Planalto escolheu dois jornalistas para que os dados viessem a público, isentando o governo. Os vazamentos ocorreram para a revista Veja e para a Folha de S. Paulo. A tática foi tão bem planejada, que a direção de ambas as publicações não deveriam saber do fato – que deveria ser encarado como um mero e grande furo jornalístico. No final de semana, as emissoras de tevê foram na mesma balada, graças aos editores-chefes simpatizantes do governo petista. De todo este episódio, ficam duas constatações. Primeiro, que a grande imprensa no Brasil precisa tomar muito cuidado com os interesses por trás das reportagens exclusivas que divulga. Segundo, o presidente Lula, pelo menos nesta denúncia do brigadeiro da FAB (que o governo fará tudo para negar), o presidente Lula sabia de alguma coisa antes dos outros. O Apedeuta começa a saber das coisas que o cercam... A sociedade brasileira também precisa saber.