O pesadelo do qual não conseguimos despertar
Adriano Benayon, um dos crâneos do Instituto do Sol e um dos economistas mais bem informados do país, me envia informe atual e competente, desses que só ele é capaz de elaborar, sobre a situação da Amazônia brasileira. É de chorar! Já fazem mais de 40 anos que não podemos ter uma só boa notícia no Brasil. Quando jovem não topei pegar em armas e sempre achei que fiz bem. Agora, começo a ter dúvidas.
Socialismo Quântico
A Física Quântica começa a tocar os limites de conhecimentos que se situam entre a matéria e o espírito. O que os físicos chamam "ondas", os ocultistas chamam "vibrações". Onda (vibração) e matéria são para os físicos (e ocultistas) elementais probabilísticos. Ninguém nunca viu a matéria ("partícula") e muito menos a "onda". Se nos aproximarmos daquilo que pensamos ser a "partícula", através de um hiper-microscópio, vamos constatar que não existe matéria – não tem nada lá! Ninguém nunca viu um átomo. O que chamamos "átomo" é um modelo gráfico-matemático. Quanto às "ondas", podemos ter alguma idéia superficial a respeito quando jogamos uma pedra num lago. Mas, daí ao funcionamento do telefone celular vai enorme distância, o leitor pode imaginar. Assim, "onda" e "partícula" permanecem verdades ainda probabilísticas para físicos, e transcendentais para ocultistas.
A revista científica Nature publicou artigo onde se noticia exaustiva pesquisa arqueológica que demonstrou, não entendi porque artes da tecnologia, que, há cerca de alguns milênios, os macacos do Caribe e os das ilhas do Pacífico começaram a descascar as bananas, exatamente no mesmo mês e ano. Antes comiam com casca e tudo! Qual macaco resolveu descascar pioneiramente a banana, não sabem se no Taiti ou em Aruba, o fato é que um deles descascou, gostou, e os macacos todos do mundo começaram a descascar as bananas antes de comê-las – até hoje!
Na internet, li que oceanógrafos bem patrocinados passaram anos registrando cardumes de peixes nos oceanos do mundo e não conseguiram dar com um modelo teórico que explicasse como se orientam os cardumes. Qual dos peixes - ou que diabos será? - que os guia e orienta por entre os corais e recifes com tanta segurança e precisão? Um movimento errático ou distoante, mínimo que seja, por parte de qualquer deles, mesmo o último de uma formação quilométrica, pode determinar mudança radical no comportamento e na orientação do cardume todo, seja um cardume de tubarões ou de piabinhas.
Os físicos começam a crer que a Física Quântica os conduzirá à explicação científica de tais fenômenos, isto é, de como a evolução ou a revolução de determinado elemento integrado a um sistema, por menor e mais insignificante seja, pode ser capaz de, sem conexões até agora explicáveis com os demais entes sistêmicos, provocar mudanças radicais e quase imediatas no sistema todo, não importando a dimensão que tenha.
Não são poucos os físicos quânticos que estão de olho na Revolução Bolivariana da Venezuela, um fenômeno de consciência das massas que se expande de forma muito rápida e surpreendentemente semelhante nos cinco
continentes, apesar do bloqueio maciço dos meios de informação e comunicação a elas (as massas) acessíveis.
Não pense, leitor, que este gazeteiro esteja fazendo metáfora, artifício ou imagem de discurso. É só o que já está acontecendo.
Ode a Mister George W. Bush
Obrigado, Mister George W. Bush, por ser tão burro e incompetente. Sabemos que o senhor é só a máscara de cera dos que realmente mandam, mas, mesmo sendo assim, é o senhor a imagem e a semelhança dos que mandam, e a ninguém nos importa eles. Importa o senhor, Mister George W. Bush, o cowboy do Texas, e creio que um dia o mundo o agradecerá. Se não fosse o senhor a história seria muito mais lenta, esperaríamos mais um ou dois séculos para obtermos as conquistas que todos um dia haveríamos de conquistar, se é que o planeta sobrevivesse até lá. Mas, graças ao senhor, Mister George W. Bush, avançamos muito mais rápido!
Um piloto um pouco mais hábil que o senhor teria levado a máquina de destruição e genocídios, em que se transformou os Estados Unidos da América, muito mais longe. Mas ainda bem que o senhor a atolou no primeiro lamaçal em que a meteu. Nossos irmãos iraquianos e afegãos pagam caro, é certo. Mas o dano seria muito maior se não fosse o senhor. Euclides da Cunha disse que não há história da mediocridade porque não há o medíocre que possa escrevê-la. Considero o senhor uma exceção à essa regra. O mundo haverá de reconhecê-lo, Mister George W. Bush, e nossos sábios o colocarão no subsolo do panteão dos grandes revolucionários da história – por sua estupidez, por seu amadorismo e por sua contundente mediocridade. Obrigado, Mister George W. Bush, muito obrigado!
Lula aprendendo a contar
"Nunca na história desse (sic) país" – disse Lula – "um presidente investiu tanto em educação" (Estadão de ontem). Segundo Lula, até 2010 (sempre projetos para o futuro) "serão inauguradas 10 universidades federais e as escolas técnicas profissionalizantes passarão de 140 (antes de 2003) para 214".
Pois bem!
Na Venezuela, Hugo Chávez acaba de inaugurar 14 novas universidades e, até 2010, inaugurará 29. Outras 29 universidades politécnicas estarão neste plano de um total de 58 novas grandes universidades até 2010.
Elas vão se somando às mais de 20 universidades bolivarianas já inauguradas por Chavez, que acabou com o exame vestibular e estabeleceu a integração do ensino superior com o planejamento federal de modo que,
desde que um aluno ingressa no primeiro ano da universidade, o estado terá planejado a colocação dele para quando se formar. Isto é mais que lógico, pois evita que o estado gaste uma fábula formando profissionais de nível superior que acabam vendendo cachorro-quente nas ruas. Além disso, as universidades de lá vinculam-se às chamadas "aldeias universitárias", que já somam 1.435 em todo o país, e atuam como campus avançado das grandes universidades nas cidades do interior, evitando que os cérebros oriundos das pequenas cidades se evadam delas para estudar nas capitais.
Quanto a escolas profissionalizantes ("Escolas Técnicas Robinsonianas"), o governo Chávez já inaugurou mais de 300 e até 2010 inaugurará mais outras 300. E é cada escola de tirar o chapéu! Para elas também há a integração com o planejamento do estado em todos os níveis, municipal, estadual e federal.
Lula não fala de ensino básico, mas sabemos que nada fez a respeito. Na Venezuela já se somam mais de 25.000 escolas básicas, um terço delas construídas no governo Chávez e outro terço por ele reformadas e reformuladas para compor os dois terços das que são "bolivarianas", isto é, escolas públicas e gratuitas, em tempo integral, que vão do berçário (simoncito, que inclui o pré-natal) ao último ano do ensino secundário. Em 2012 todas as escolas básicas da Venezuela, públicas e privadas, que deverão ser em torno de 50.000, terão de ser "bolivarianas".
Hoje, na Venezuela, a população estudantil é de 62% da população do país e, até 2010, será de 80%, pau a pau com os países mais desenvolvidos em educação do planeta. Em 1999, antes de Chávez, era de 24%. No Brasil, a população estudantil não chega a 30%, pouco mais que os índices da década de 1960 (27%).
No Brasil, o IBGE reconhece quase 30% de analfabetismo (pessoas que nunca estudaram + pessoas adultas que estudaram menos de 4 anos). Em 2004, a Venezuela foi reconhecida pela UNESCO como "país livre de analfabetismo", isto é, apresenta um índice menor que 4% de analfabetos em relação ao total da população do país.
A Venezuela tem cerca de 27 milhões de habitantes e é mais ou menos do tamanho do Pará.
Sempre há quem venha com a história de que tudo é por causa do petróleo, etc e tal. A estes eu respondo que o petróleo é explorado lá desde 1903, e, até Chávez, a Venezuela só deu petróleo de presente aos EUA e ao mundo deu Miss Universo.
fonte: Mario Drumond (artigo de Adriano Benayon)