OLHARES NEO-REALISTAS
O neo-realismo é um dos mais importantes movimentos da história do cinema, surgido na Itália, no final da segunda grande guerra, influenciou outros gêneros e cinematografias como a nouvelle vague francesa, o free cinema inglês e o cinema novo brasileiro. Preocupado em mostrar a realidade do povo, aboliu o uso de estúdios e passou a usar locações e muitas vezes atores não profissionais, contrapondo-se aos filmes escapistas realizados durante o regime fascista.
A retrospectiva, com algumas obras seminais do movimento, é parte da mostra apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília e São Paulo, constituindo uma ótima oportunidade ao público carioca para ver ou rever filmes filiados ao neo-realismo.
A Mostra "Olhares neo-realistas" , na Cinemateca do MAM (Rio de Janeiro), com a exibição de Alameda da Saudade, 113 (1951, direção de Carlos Ortiz), no Cineclube Tela Brasilis. Esta é a última exibição desta cópia, que foi feita para o lançamento do filme, na década de 1950. Diversos filmes da mostra também são raríssimos e vêm de cinematecas italianas, sendo essas suas últimas exibições no Brasil (com legendagem eletrônica em português). Destaque especial para O Posto e O Sol ainda se levantará, recém-restaurados. A programação completa da mostra e o texto da sessão do Tela Brasilis segue abaixo.
qui 01
18h30 – Tela Brasilis –
Alameda da Saudade 113, de Carlos Ortiz, 1951.
O Tela Brasilis faz a sua contribuição à mostra Olhares neo-realistas apresentando um raríssimo filme do que ficou conhecido como o cinema independente dos anos 50, realizando na mesma época das grandes produções da Vera Cruz e antecedente vital do Cinema Novo. O filme trata-se de uma história de amor entre os dois protagonistas, Inês e Raul, que não respeita as fronteiras entre a vida e a morte.
sex 02
18h30 – Olhares neo-realistas –
Ladrões de bicicleta (Ladri di Biciclette) de Vittorio De Sica. Itália, 1948.
Com Enzo Stajola, Lamberto Maggiorani, Lianella Carell. 92'. Cópia em DVD.
Obra-prima do neo-realismo. Desempregado tem sua bicicleta roubada no primeiro dia de trabalho. Sem ela, perderá o emprego.
sab 03
16h – Olhares neo-realistas –
O Posto (Il Posto) de Ermanno Olmi. Itália, 1961.
Com Loredana Detto, Tullio Kezich, Sandro Panseri.
Versão original . 90’.
Cópia restaurada pela Cinemateca de Bolonha. Legendas eletrônicas em português.
Jovem morador de bairro pobre de Milão sai à procura de primeiro emprego.
18h – Olhares neo-realistas –
O Sol ainda se levantará (Il sole sorge ancora) de Aldo Vergano. Itália, 1946.
Com Principal Elli Parvo, Lea Padovani, Vittorio Duse. Versão original. 90’.
Cópia restaurada pela Cinemateca de Bolonha. Legendas eletrônicas em português.
Conflitos entre italianos e alemães em um povoado no norte do país, em 1943, tratado sob o ponto de vista marxista. Primeiro filme a investigar a composição classista da Itália ocupada.
dom 04
16h – Olhares neo-realistas –
Noites de Cabíria (Le Notti di Cabiria) de Federico Fellini. Itália, 1957.
Com Giulietta Masina, François Perrier, Amedeo Nazzari.
Legendas em português. 110’.
A vida e os sonhos de Cabíria, prostituta romana que é obrigada a viver na marginalidade. Oscar de melhor filme estrangeiro.
18h – Olhares neo-realistas –
Morte de um ciclista (Muerte de un ciclista) de Juan Antonio Bardem. Espanha/Itália, 1955.
Lucía Bosé, Alberto Closas, Bruna Corrá. Versão original. 88’.
Legendas eletrônicas em português.
A conscientização de um professor universitário adúltero com o advento de uma nova geração, depois da Guerra Civil. Um dos maiores sucessos do cinema espanhol no exterior.
sex 09
18h30 – Olhares neo-realistas –
A Batalha de Argel (La Battaglia del Algeri) de Gillo Pontecorvo. Itália/Argélia, 1966.
Com Brahim Hadjadj, Jean Martin, Yacef Saadi. Legendas em português. 121’.
A luta dos argelinos pela independência. Leão de Ouro no Festival de Veneza.
sab 10
16h – Olhares neo-realistas –
Aniki Bobó de Manoel de Oliveira. Portugal, 1942.
Com Américo Botelho, Feliciano David, Manuel de Azevedo. 70’.
O título se refere a uma brincadeira de criança num bairro modesto da cidade do Porto, nesta crônica prenunciadora do neo-realismo.
18h – Olhares neo-realistas –
O Teto (Il Tetto) de Vittorio de Sica. Itália, 1956.
Com Giorgio Listuzzi, Gabriella Pallotta, Angelo Bigioni.
Legendas em português. 91’.
No pós-guerra italiano, um jovem casal decide construir uma casa num terreno baldio da prefeitura. Para não serem expulsos, terão de erguê-la numa única noite e instalar o teto antes que amanheça.
dom 11
16h – Olhares neo-realistas –
Mamma Roma (Mamma Roma) de Pier Paolo Pasolini. Itália, 1962.
Com Anna Magnani, Ettore Garofofo, Franco Citti.
Legendas em português. 106’.
Mulher de meia idade abandona a prostituição para vender frutas e cuidar de seu filho adolescente. Sonha para ele uma boa posição na vida, mas o rapaz está envolvido com a delinqüência juvenil.
18h – Olhares neo-realistas –
O Verdugo (El Verdugo) de Luis Garcia Berlanga. Espanha/Itália, 1963.
Com Nino Manfredi, Emma Penella, José Isbert.
Versão original sem legendas. 87’.
O empregado de um serviço fúnebre se envolve com a filha de um verdugo. Uma das obras-primas do cinema espanhol em geral e de Berlanga em particular.
Cineclube Tela Brasilis
Cinemateca do MAM
Av. Infante D. Henrique, 85, Praia do Flamengo - Rio de Janeiro
Entrada Franca
Mostra Olhares neo-realistas
(21) 2221-8062 / 9376-9682
mostraneorealismo@gmail.com
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